Ao longo dos seus 95 anos, a Frísia conta com a participação, a força e o empenho das mulheres cooperativistas. Os excelentes resultados conquistados nas propriedades rurais e na cooperativa garantem que elas ocupem funções estratégicas.
A seguir, três delas, que são parte dos comitês de Pecuária Leite, Suinícola e Agrícola, relatam suas experiências.
Pecuária Leite
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A produtora Lorena Delezuk Coppla é associada da Frísia há 18 anos e segue a cultura de sua família, de trabalho no campo. “A minha família é originária dos primeiros imigrantes daqui da região dos Campos Gerais. Meu avô materno tem a carteirinha de sócio dele, desde 1954, com a produção de leite. Nossa história com a cooperativa é antiga”, declara. Ela conta que sua família toda sempre esteve envolvida nesse setor, tanto é que ela acabou sucessivamente tendo a proposta de participar da gestão da propriedade. “É uma vida inteira trabalhando com leite”.
Ela está à frente do Comitê de Pecuária Leite da cooperativa há dois anos. “Antes de 2018, a Frísia já fomentava que mulheres participassem dos comitês, da parte de direção da cooperativa”. Hoje, ela participa ativamente de diversas decisões que impactam os trabalhos de todos os cooperados, algo que ela vê com muita satisfação, destacando a importância da troca de informações geradas dentro do Comitê. “O Comitê é uma ligação entre os cooperados da pecuária de leite e a direção da cooperativa. O meu intuito é fazer essa ponte das necessidades de melhorias do setor, para poder trazer maior rentabilidade”, ressalta.
Por mais que haja incentivos para que as mulheres estejam mais presentes na gestão das propriedades, ela diz que ainda existem desafios. “Mesmo assim sempre consegui trabalhar de forma tranquila. A sensibilidade feminina ajuda bastante e o fato de ser multitarefa também. A mulher soma ao homem com essa sensibilidade”, considera. Ela acrescenta que a força de trabalho da mulher na pecuária é muito importante. “Elas são muito presentes, principalmente nessa área de pecuária leiteira. As mulheres trabalham de igual para igual com os homens e acrescentam muito nessa área, como nos índices zootécnicos, que elas percebem muito bem essa parte”.
Lorena relata que sempre pode contar com o apoio da Frísia para implementar os seus trabalhos na área leiteira. Ela, inclusive, lembra que foi por conta da cooperativa que sua família conseguiu adquirir a propriedade onde está hoje, em Carambeí, por meio de um leilão realizado em 1993.
A produtora acredita muito no sistema cooperativo estabelecido pela Frísia, que, segundo ela, ajudou a levar mais ferramentas para que os produtores pudessem gerir melhor as suas propriedades e conseguissem prosperar, de forma conjunta. “Os 95 anos da Frísia estão diretamente ligados à prosperidade da cidade e dos cooperados, que conseguiram gerar essa riqueza toda caminhando juntos”, conclui.
Suinocultura
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Há seis anos como cooperada da Frísia, a produtora Stefanie Nolte Dykstra é representante do Comitê Suinícola. Ela, junto com seus irmãos, vem passando pela sucessão da propriedade de seus pais. Desde que entrou na propriedade, além de auxiliar seu pai na parte administrativa e financeira da agricultura, vem auxiliando seu irmão na atividade leiteira, e gerencia a atividade suinícola que iniciou na propriedade em 2016.
A Frísia teve um papel importante na sua propriedade na questão da industrialização, ajudando-a a potencializar a disseminação de seus produtos no mercado. “Para nós, cooperados, é de muito orgulho ter um produto com a nossa marca no mercado. Além disso, a cooperativa nos incentivou a investir na suinocultura e nos deu suporte financeiro para que a atividade desse certo”, relata.
Stefanie se sente “lisonjeada” por estar à frente do Comitê. “Eu acredito que, como mulher, consigo levar uma visão diferente para o agronegócio, que se soma à visão dos homens. Muitas vezes vemos mulheres escondidas dentro do trabalho, de suas propriedades. Com mais mulheres em posições de destaque, sinto que seja um incentivo para que elas tenham vontade de aparecer mais”, destaca.
Ela acredita que uma boa liderança faz bastante diferença dentro do negócio para estimular as equipes a serem mais produtivas, mas sem perderem o prazer pelo trabalho. A gestão da propriedade, algo que ela diz contar muito com a ajuda da cooperativa, também auxilia para que a produtividade e a rentabilidade estejam caminhando juntas. “A gestão financeira é muito importante para poder avaliar se o negócio é rentável e onde se deve investir. Se o produtor não tem um software ou programa que proporcione essas informações, é arriscado tomar boas decisões. Tudo tem que estar em harmonia para dar certo”, avalia.
Atualmente, ela está mais à frente do negócio, junto de seu irmão, passando pelo processo de sucessão. “Nem sempre é fácil, a maneira de gerenciar mudou muito de alguns anos para cá e diariamente temos que lidar com diferentes pensamentos e conflitos de gerações. Mesmo assim, seguimos considerando a opinião do meu pai, pois sua experiência é muito importante, e tentamos trazer coisas novas, na busca da melhoria contínua”.
Para isso, ela tem contado com o apoio da Frísia, que dá todo o suporte e segurança para investir no que é melhor para cada cooperado. “A Frísia, em toda a sua história, sempre esteve ao lado dos cooperados, dando todo o suporte técnico e sempre é aberta para compartilhar informações. Assim, sentimos que fazemos parte dessa história de sucesso”, afirma.
Agricultura
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A produtora Ana Terezinha Slusarz também faz parte de uma sucessão na gestão de sua propriedade, que era conduzida por seu pai, cooperado da Frísia há 39 anos. Ela está com a cooperativa há 13 anos e hoje se sente confortável com seu papel de administradora de seu próprio negócio.
Ana é representante do Comitê Agrícola, papel que desempenha com o objetivo de unir os anseios da própria cooperativa e também dos cooperados. “Assim, temos que agir de uma forma que encontremos soluções, mas sem gerar divisões dentro da cooperativa. Os cooperados levam as suas questões e avaliamos como suprir aquilo, tendo em vista o que é melhor para a cooperativa também”, destaca.
Ela diz que não enfrenta muitos desafios por ser mulher dentro do meio agrícola, muitas vezes tomado em sua maioria por homens. “Eu gosto de estar no campo e de acompanhar de perto todos os processos. Quando estou trabalhando, sou agricultora e os demais também são, por isso me coloco de igual para igual. E uso muito a sensibilidade feminina para lidar com o colaborador, como a facilidade para comunicação, o que ajuda muito”, afirma.
A produtora relata que contou muito com a ajuda da cooperativa, que sempre valorizou a força de trabalho feminina. Inclusive, a Frísia foi primordial no início de seu negócio, já que facilitou o acesso do crédito rural para sua família investir na agricultura. “Hoje, é mais fácil ter acesso a isso, mas quando estávamos começando, era algo muito difícil de se conseguir”, recorda.
O principal legado da Frísia, segundo Ana, seria mostrar que o sistema cooperativo dá certo e ajuda muitos produtores a capitalizar os seus negócios. “É só acompanhar a história da Frísia nesses 95 anos, que vem ajudando os produtores com uma gestão de competência, que se moderniza e agrega valor à produção dos cooperados para que todos possam progredir”.