Para aprimorar e melhorar o atendimento aos seus cooperados e clientes, a Cooperativa Frísia e a Sementes Batavo inauguraram seu Laboratório de Análise de Sementes (LAS), que avalia a qualidade física, fisiológica, genética e sanitária das sementes de soja, trigo, milho, feijão, aveia, cevada, azevém, triticale e sorgo. O LAS fica na Unidade II de Ponta Grossa e conta com uma área de 600 m² e possui uma planta pensada nas funcionalidades de todo o processo, desde a recepção até a fase final da análise da semente.
O engenheiro-agrônomo e coordenador de produção e laboratório de Sementes Batavo, Luiz Henrique Deschamps, conta que o laboratório faz parte do plano de expansão da cooperativa para os próximos 5 anos e que dará suporte à área de produção de sementes com testes realizados para o controle de qualidade, por isso a construção do novo laboratório foi ampliado. “Nossas sementes possuem a rastreabilidade completa em todo o processo de produção das sementes, como plantio, colheita, recepção, beneficiamento e ensaque. O que o produtor mais se preocupa é quanto a questão da análise de germinação e vigor, para fazer uma boa implantação de sua lavoura e ter sucesso com seu plantio.”, conta o coordenador. Hoje as sementes possuem muita tecnologia embarcada portanto, devem ser analisadas para garantirem o trabalho que o agricultor irá fazer em campo.
Deschamps conta que o laboratório realiza as análises conforme as Regras de Análises de Semente do Ministério de Agricultura – (RAS). “Este documento descreve toda a metodologia para realizar as análises de sementes, ou seja, uma análise realizada aqui no nosso laboratório, deve ter o mesmo resultado de uma mesma amostra realizada em outro laboratório em qualquer lugar do país.”, explica o coordenador. O LAS da Sementes Batavo solicitou seu credenciamento junto ao MAPA, que é o órgão que audita todos os procedimentos normativos e a conformidade com a NBR ISO 17025. “Somos a primeira cooperativa credenciada para fazer este tipo de análise”, conta Deschamps.
Ele conta que no passado o laboratório realizou 10 mil análises de sementes e que este ano pretende chegar a 15 mil. A capacidade do local é para 20 mil amostras.
O coordenador dá algumas dicas para que o produtor faça uma boa coleta e obtenha uma análise representativa. “Se a semente é armazenada em sacas o correto é ele fazer a amostragem de no mínimo, 80% destas sacas. Caso seja por silo, que ele tire várias amostras das camadas deste silo, da parte alta, média, baixa, ou seja, quanto mais representativa melhor.”, indica Deschamps. Essas dicas são importantes, em relação à amostra enviada ao LAS. “Ela deve ser bem representativa do lote de sementes, pois são necessárias somente 400 sementes para realizar o teste de germinação. Por isto o cuidado e controle rígido exigido nas amostragens, nas calibragens das balanças, nos termômetros e nos controles internos de temperatura e umidade dos ambientes, onde são realizados os testes devem ser bem precisos e atualizados. Então para que uma semente possa ser comercializada, ela deve constar em sua sacaria, o percentual de pureza, o percentual de germinação e a data de validade do teste de germinação. Com estes dados e outros como o peso de mil sementes, o produtor consegue calcular o consumo de sementes por hectare e obter uma boa plantabilidade em sua lavoura.”, conta o coordenador.
Confira a entrevista feito pelo Minuto Rural no YouTube: https://youtu.be/Be1Mlrhv4Ko