Integrando as comemorações do seu centenário, a Cooperativa Frísia lança o livro “Histórias que contam a história”. A obra é composta por 100 crônicas que cooperam uma com a outra para contar os momentos importantes, inspiradores e interessantes da história da Frísia, primeira cooperativa de produção do Paraná a ser criada, e segunda do Brasil. O evento de lançamento foi no dia 22 de fevereiro, durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO). Após a reunião, foram entregues cópias da obra.
“O livro exigiu muita pesquisa e informação junto aos cooperados. Nós escolhemos crônica, ao invés de outro estilo literário, pois, nas primeiras conversas com os cooperados, eles lembravam de várias histórias que os pais e avós contavam. Histórias que não tinham registros oficiais, mas são tão importantes quanto”, explica Sabrina Morello, coordenadora de Marketing e Cooperativismo da Frísia.
Morello conta que havia uma preocupação que essas histórias se perdessem ao longo do tempo, por isso um livro de crônicas teria o gênero textual ideal para contemplar contos pessoais, familiares e de vida.
O livro foi um dos primeiros projetos a serem pensados no plano para o centenário da Frísia – ainda em 2023 -, junto com a alteração do logotipo da cooperativa. “O plano do centenário está sendo aplicado com o envolvimento direto dos cooperados, em todas as ações. Inclusive, para o livro, foi criado um comitê de conteúdo formado por cooperados”, destaca a coordenadora.
A obra
“Se pensarmos bem, essa Frísia centenária é feita de histórias de vida. Portanto, nada mais justo que festejar esses 100 anos enaltecendo as muitas mãos, as muitas cabeças, os muitos corações que, cada um à sua maneira e na sua época, abriram trilhas enfrentando dificuldades para que hoje tenhamos esse bonito caminho aberto à nossa frente. Por isso, resolvemos concentrar neste livro as memórias de pioneiros de ontem, de hoje e do futuro, gente capaz de fazer dos sonhos de todos o seu próprio sonho”, destaca o prefácio do livro.
“O que mais me chamou a atenção em todo o projeto foi perceber que a cooperativa tem um grande futuro. Ela se preparou para isso. Ela nunca perdeu o horizonte. Eles têm essa capacidade de se adaptar, se reinventar. O livro de crônicas que elaboramos é uma homenagem aos imigrantes que construíram Carambeí. Eles foram fundamentais para a formação da cidade e estão na essência da cooperativa até hoje”, afirma Paulo Vítola, presidente da Academia Paranaense de Letras e escritor da obra.
O livro está dividido em quatro capítulos, cada um dedicado a um período de 25 anos (1925-1950, 1950-1975, 1975-2000 e 2000-2025), abrangendo um total de 100 anos (1925-2025). As 25 crônicas que compõem cada capítulo oferecem uma visão íntima e envolvente desses períodos, baseadas em pesquisas meticulosas, leituras aprofundadas e relatos de testemunhas.
“Têm crônicas que são mais divertidas e outras com um caráter mais lendário. Uma das histórias que eu acho fantástica foi a vinda de 40 novilhas da Holanda para o Brasil, em 1947”, comenta Vítola.
