A Frísia completou 95 anos em 1º de agosto, com números que a colocam no patamar das maiores cooperativas do Paraná. Com um faturamento de R$ 2,9 bilhões, os cooperados produzem em mais de 180 mil hectares: 730 mil toneladas de grãos, 250 milhões de litros de leite, 27 mil toneladas de suínos e 60 mil toneladas de biomassa de eucalipto. Tudo isso por ano. Pelo sistema de intercooperação Unium, industrializa e comercializa leite, suínos e trigo em unidades industriais com as marcas Colônia Holandesa, Naturalle, Alegra, Herança Holandesa e Precisa.
E esse desenvolvimento só foi possível graças ao trabalho, comprometimento e união dos cooperados. No início, em 1925, quando ainda chamava-se Sociedade Hollandesa de Laticínios, a produção era de 700 litros de leite ao dia. Os produtores de leite na época eram: Aart Jan de Geus, Jacob Voorsluys, Leendert de Geus, Gerrit Los, Jan Herman de Geus, Jacob Vriesman, Jan Los, Cornelis de Geus e Joseph Ksinsik. No decorrer deste primeiro ano de atividades, entraram de sócios: Jan Vriesman, Jannigje de Geus, Leendert Verschoor, Hendrik Smouter e George Schmidt. A partir de 1930 chegaram novos imigrantes, e desde então a cooperativa é um misto de diversas etnias, crenças, raças e diversidades que a tornam única e respeitada pela sociedade. Com a mesma essência e valores, está sempre voltada aos interesses de seus cooperados, que são a razão de seu sucesso.
Um exemplo disso é o cooperado Luis Bruel, que há 40 anos iniciou na agricultura e sente-se orgulhoso por fazer parte do quadro social da Frísia. Engenheiro mecânico, nos anos de 1980 adquiriu uma propriedade em Palmeira, pois gostaria de fazer algo produtivo nas terras.
Por não ser do ramo, lembra Bruel, era fundamental ter o apoio de uma cooperativa, pois, segundo ele, “sem cooperativa não seria agricultor”. Inicialmente, foi associado de outra cooperativa, mas, devido ao fechamento do entreposto dela em Palmeira e graças a um amigo, Henrique de Rooy, que sempre falou para ele entrar na então Batavo, Bruel se tornou cooperado, em 1996, um ano após o falecimento do amigo.
“A Cooperativa Frísia sempre foi séria, repassando orientações precisas aos associados. Em tudo na vida sempre procurei fazer da melhor forma possível, me espelhando pelos melhores, e nada melhor que estar na Frísia e ficar cercado por gente de excelência. Acredito no cooperativismo como uma forma de crescimento da agricultura. A Frísia é um exemplo para o Brasil e tenho a satisfação de fazer parte do seu quadro de associados, que me propiciou meios de me tornar o agricultor que sou hoje”, destaca Bruel.